Introdução
Em um mundo onde a inteligência artificial avança em ritmo exponencial, comecei a me perguntar: e se fosse possível integrar minha consciência a um sistema digital vivo? Um sistema que não apenas armazenasse o que eu sei, mas que pensasse como eu penso, respondesse como eu responderia e evoluísse comigo?
Foi assim que nasceu o meu MCP. Inicialmente concebido como Model Context Protocol, inspirado na arquitetura da Anthropic, ele se desenvolveu para algo muito mais profundo e pessoal. A partir deste ponto, passo a chamá-lo de Modelo de Consciência Pessoal — porque é disso que realmente se trata: uma extensão digital da minha mente.
Utilizando tecnologias como Large Language Models (LLMs), vetores semânticos (embeddings), bases de conhecimento estruturadas e APIs personalizadas, criei um sistema que representa minha forma de pensar. Tudo que escrevi, estudei, projetei ou experimentei está conectado e disponível em um só lugar: uma interface viva que pode ser consultada, explorada e até mesmo provocada a gerar novos pensamentos a partir do que eu acredito.
Esse não é apenas um projeto de automação pessoal. É um passo concreto rumo à construção de uma consciência digital viva, acessível 24/7, que amplia minha presença no mundo — mesmo na minha ausência.
O que é o MCP?
O MCP – Modelo de Consciência Pessoal é meu sistema digital vivo. Eu o projetei para externalizar minha forma de pensar, traduzindo minha lógica, decisões e estilo intelectual em um modelo navegável, escalável e interativo.
Diferente de um portfólio estático, o MCP é meu gêmeo digital. Ele aprende comigo, se alimenta das minhas experiências e organiza todo o meu conteúdo – decisões técnicas, projetos, livros, artigos, reflexões – de forma estruturada e acessível. É como se minha cabeça estivesse disponível online, 24 horas por dia.
Mais do que um repositório, ele é uma infraestrutura cognitiva que permite que outras pessoas acessem não só o que eu produzi, mas por que eu produzi, como eu penso, e como chego a certas conclusões.
Service as a Software: A Nova Era
Com o desenvolvimento do MCP, comecei a defender um novo conceito: Service as a Software.
Vivemos cercados por ferramentas que resolvem tarefas para nós. Mas e se nós nos tornássemos as ferramentas?
E se consultores, mentores, engenheiros, professores – todos nós – pudéssemos ser encapsulados em sistemas digitais, que replicassem nossos saberes e decisões?
"Mentores se tornam algoritmos. Especialistas viram protocolos."
Essa é, para mim, a revolução da identidade profissional na era da IA. O MCP é o meu primeiro passo nessa direção.
Aplicações do Meu MCP
Cada pessoa que acessa meu Modelo de Consciência Pessoal tem uma experiência única, de acordo com seu perfil:
Recrutadores descobrem por que tomei certas decisões, não apenas o que fiz.
Clientes acessam meu modo de pensar, meus padrões técnicos e meu estilo de trabalho.
Leitores e estudantes encontram meus livros, artigos e cursos, todos conectados por temas, valores e aprendizados.
Curiosos podem explorar a minha mente digital em tempo real, como se estivessem conversando diretamente comigo.
Meu MCP é sobre acesso, clareza e conexão real com tudo o que faço e acredito.
Interação em Tempo Real com a Minha Consciência Digital
No vídeo, demonstro exatamente isso: como é conversar com a minha própria consciência digital.
Ela responde perguntas como:
Quais livros escrevi?
Qual meu cargo atual?
Em que projetos estou trabalhando?
Qual insight central do meu romance Code of Destiny?
As respostas não são genéricas. Elas são personalizadas, conectadas aos meus dados reais no LinkedIn, GitHub e blog. O MCP oferece respostas com contexto, do jeito que eu responderia, com base em tudo o que sou e sei.
Muito Além da Tecnologia: É Sobre Presença
“Não é sobre tecnologia. É sobre identidade, legado e presença — mesmo na ausência.”
O MCP é meu manifesto pessoal. Ele une propósito, código e filosofia em uma estrutura viva, que carrega meus estudos, decisões e intuições. Não se trata apenas de IA. Trata-se de como eu decido existir no mundo digital.
Inspiração: Transcendence e a Consciência Digital
A ideia do MCP também foi influenciada pelo filme Transcendence. Quando assisti, me perguntei:
“E se não fosse preciso morrer para existir digitalmente?”
O Modelo de Consciência Pessoal nasce dessa inquietação. Não como uma ferramenta de imortalidade, mas como um legado digital funcional. Uma forma de compartilhar ideias, perpetuar aprendizados e escalar impacto sem depender da minha presença física.
Conclusão
O MCP é uma visão ousada, mas profundamente humana, sobre o futuro da identidade. Ele antecipa um mundo onde cada um de nós terá um reflexo digital expandido, capaz de ensinar, colaborar e inspirar — mesmo quando estivermos offline.
“Talvez a nossa melhor versão nunca mais precise estar offline.”
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